II DOMINGO DE CUARESMA

Evangelio: Mt 17, 1-9

O Evangelho de hoje me faz refletir sobre a imagem da montanha. Nem sempre é fácil subir uma montanha, exige esforço, muitas vezes cansa, fatiga, porém, tudo isso se torna secundário, pois o essencial, o gozo maior estar em chegar ao topo, em sentar, sentir o ar e permitir fazer a experiência de envolvimento na grandeza, recobrar as forças, e para isso, é importante uma atitude de recolhimento, de silêncio.

Jesus sobe a montanha, mas não só. Vai em companhia e juntos fazem uma experiência tão maravilhosa que ultrapassa todos os sentidos e faz com que Pedro exclame: “Senhor, é bom estarmos aqui! Se queres, farei aqui três tendas…”. E da nuvem sai uma voz: “Este é meu filho amado, no qual ponho minha afeição: escutai-o!”.
Meu Jesus, este relato evangélico me faz refletir também sobre quatro aspectos: o silêncio/oração, a vocação de filha amada de Deus, a comunidade e a missão.

“O silêncio é a respiração da alma. Sem recolhimento é impossível viver nossa vocação…” dizia Maria Emília. Este pensamento me fala muito ao coração, especialmente hoje, pois, é esta experiência de silêncio, de oração me permite sentir e viver a vocação de ser a filha amada de Deus.

Sei meu Jesus que não caminho só, que haverá sempre uma comunidade, haverá sempre uma ou duas pessoas comigo para que juntas possamos fazer esta experiência de gozo, de recobrar as forças para, fortalecida pela experiência de gozo, não desanimar diante dos cansaços e dificuldades que a vida apresenta. Como é bom contar com alguém que junto comigo sobe a montanha embora nem sempre seja fácil!

Quanta tentação de estabilidade nas experiências gozosas! Livrai-me, meu Jesus, da tentação de querer me instalar no comodismo, de desejar e querer somente o que é prazeroso, o que a mim me vai bem. Livrai-me dos perigos que me impedem viver uma espiritualidade missionária itinerante, pois, é para anunciar-te ao mundo que tu me chamas e me envias.

“…Jesus quer muito silêncio para falar-nos ao coração”.

Somos filhos e filhas amados de Deus. Creiamos nisso! Façamos silêncio, deixemos que ele se transfigure para nós para vivermos esta experiência de gozo, e oxalá, possamos diariamente também escutar Deus nos falar: “Em ti encontro o meu agrado!”.

Ir. Claudineia Soares, mss

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