V DOMINGO DE CUARESMA

Evangelio: Jn 11, 3-7.17.20-27.33b-45

Hoje, ao entrar em diálogo e me colocar como protagonista com cada personagem deste evangelho, um ponto que ressoa em meu interior é a relação de vinculação afetiva existente entre cada personagem, que revela o que o ser humano tem de mais belo e precioso: a vida e o amor.

Percebo que o amor não tem pressa e quando podia partir, decide ficar mais dois dias. Toma sempre a iniciativa e “perde tempo” dialogando, entrando em relação e, nesta aproximação, me seduz com sua palavra. Sua maneira de atuar me fascina.

Estar vinculada com mais profundidade ao Senhor está sendo um convite diário, pois, é nesta vinculação afetiva que consigo perceber e sentir que das minhas situações de morte Jesus faz brotar a vida, e assim, resgata-me, faz-me experimentar a vitória, o gozo, a alegria, a serenidade. Sua positividade com relação a minha condição humana de pecadora e sua força libertadora arranca-me da morte que me paralisa, tira-me da “tumba” do meu comodismo, da falta de confiança, do desamor, do egoísmo…, desenrola as faixas que me aprisionam, tira os prejuízos que me impedem caminhar para que eu possa voltar à vida abrindo-me a outras dimensões.

Hoje, agradeço especialmente ao Senhor por teu amor e tua misericórdia que continua a me chamar à vida, a responder com fidelidade o meu Sim e, como dizia a Venerável Maria Emília, nossa Madre Fundadora “ainda que os teus dons sejam pequeninos, Jesus aceita-os com gosto se neles vai todo o teu coração”, e também com Maria poder expressar: “O Senhor fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome”.

Claudineia Soares, mss